7 de fevereiro de 2017

zona de conforto



Quem não passou pela experiência de haver demorado muito para tomar uma decisão, dando muita importância a fatos diversos, fazendo análises e mais análises disso e daquilo, procurando desculpas e justificativas entre outras coisas e, logo depois de fazê-lo, descobriu que perdeu tempo?
Eu, infelizmente, experimentei isso várias vezes. Digo infelizmente porque não há nada melhor que a estagnação para a mediocridade.  Mas, a última e mais fresquinha experiência foi matricular os meus filhos em uma nova escola após 10 anos na antecedente.

A razão da mudança? São muitas. A razão para a demora? Somente uma: a maldita zona desconfortável de conforto.

Minha filha me pediu algumas vezes: ora eu achava que era fogo de palha, ora achava que a razão não era suficientemente boa, suficientemente inteligente ou nobre. Não há melhor cego que o que procura enxergar somente aquilo que não desafia, com boas justificativas.

Após a decisão, já com a ideia feita e ainda com medo de ser feliz tudo ficou claro. E na clareza dos fatos eu me curvei ao arrependimento. Porque todas as imagens, conversas, pedidos e etc., perderam o filtro que me fazia amenizar os sentimentos, as revoltas, as críticas e finalmente o trabalho que dá enxergar o que nos rodeia porque é bom contentar-se com pouco.

É isso aí. Nos contentamos com muito pouco por preguiça.

Pensamos pouco ou pensamos muito com pouca vontade de procurar conhecimento, com pouca vontade de achar soluções verdadeiras, com pouca sinceridade.


E tudo isso pouco importa quando as decisões nos afetam exclusivamente. Mas, quando afetamos e infectamos de desconforto àqueles que dependem de nós...