Dias nublados me engordam, comendo ou não, além de deixarem
meus cabelos fora de corte e de esvaziarem o meu guarda roupas. Sorte que são
passageiros e que um dia desses o sol voltará para me deixar mais magra com
cabelos mais bonitos e um armário abundante.
22 de agosto de 2017
16 de agosto de 2017
paladares
Ontem fui almoçar no bar do Tico com
as crianças. Fiquei muito surpresa quando minha filha de 14 anos, ao contrário
do de 9, comeu tudo o que havia no prato. Um PF lindo de morrer e muito bem
servido de arroz, batatas fritas e uma carne de panela absurdamente
saborosa. Eu, claro, também comi tudo, não podia parar mesmo quando já
estava satisfeita. Além de delicioso, o prato me pegou no colo,
ultrapassando os sabores, me levou para um lugar mágico e muito confortável.
Enquanto isso, Tomás remexeu
o prato com certo desgosto e comeu somente as batatas, repetindo a cena já
vivida por mim com minha filha e também vivida por minha mãe comigo e meus
irmãos.
A questão é que nós, mães,
passamos pelo mesmo, geração após geração. Descabelamo-nos querendo que nossos
filhos comam “de tudo” ignorando nossa própria experiência, afinal nós
também éramos seletivas quando pequenas.
E se dermos umas voltas à cabeça,
essa nossa “seletividade infantil” deve haver nos livrado de um ou outro
envenenamento, porque certamente diante de uma bolinha cor vermelha de
uma planta espinhenta, o mais comum entre as crianças é não se
aventurar.
Voltando ao lugar mágico e muito
confortável para onde um prato ou uma bebida pode nos levar - me veio à cabeça
que também é possível transportar-se com alimentos e bebidas para lugares pouco
confortáveis. Nossa memória gustativa é livre. Quando eu era pequena,
não comia cebolas. Isso era mais que um problema para minha mãe, que além de
adorá-las entendia que a cebola é um tempero essencial. Pobre dela e pobre de
mim que, com um pai galego que viveu uma guerra e passou fome em alguns
momentos da vida, não podia permitir que uma filha afortunada com eu “desse um
piti” diante de pratos abundantes por causa de uma “insignificante cebola”.
Quanto ele batia com o punho na mesa para colocar o basta, a mesa tremia, os
pratos e copos tilintavam e eu engolia em sofrimento, muitas vezes inclusive
com ânsia, até o último grão daquilo que estivesse no meu prato. Hoje em dia, e
como minha mãe fazia, cozinho com cebolas, mas, como era de se
esperar, sou cheia de dedos para comê-las.
E com o passar dos anos tudo muda.
Quem não insistiu em uma cerveja para se sentir parte de um grupo
de amigos, talvez até de modo inconsciente? Ou começou a comer determinado
ingrediente por saúde ou estética? Sorte a nossa que o paladar possa ser
moldado a condições diferentes, cultura ou vontades diversas.
Basta insistir para curtir.
8 de agosto de 2017
Coisas que nos fazem felizes
Participar das descobertas dos nossos filhos
Atendendo a um pedido, nós fomos ao Japonês.
A questão é que meu filho pequeno me pediu para ir a um restaurante
japonês. Ele está encantado com tudo o que é de lá. Isso porque ele segue um
casal de youtubers – a Priti e o Logan do canal “Japão nosso de cada dia”. Os
jovens estudantes contam no canal como é a vida por lá, além de um quadro
intitulado “será que isso funciona?” onde apresentam e testam a eficácia de
produtos diversos, também falam bastante sobre as comidas e bebidas japonesas.
Daí vem o encantamento do Tomás que embora já sabia muita coisa sobre a comida
japonesa, ainda não havia experimentado. Com o “hashi” na mão e muito animado
se surpreendeu com algumas aparências, texturas e aromas.
É muito bom surpreender-se!
3 de agosto de 2017
A escola deve ser apartidária
Então o seu filho
volta da escolha e te conta que um, dois ou até mais professores
expressam abertamente suas opiniões politicas.
Claro que se você
tem a mesma opinião política é possível que se engane e que até não
se incomode, mas, e se o seu partido fosse outro?
Cuidado!
A escola deve ser
apartidária. Nas escolas crianças e adultos devem aprender
matemática, química, física, geografia, etc. É esse o dever do
professor na escola, transmitir conhecimento nesses temas.
Falar na escola
sobre politica, é aproveitar-se do pequeno poder, principalmente
quando ensina crianças, é doutriná-las e isso; não é política!
1 de agosto de 2017
Coisas que nos fazem felizes
Férias
Nossas férias foram incríveis. Fomos para o campo no interior de São Paulo. Ficamos
no pé de uma linda montanha, em um vale verde onde corre um rio fresquinho, rodeados
de silencio, pássaros e outros bichos.
Uma casa simples e bem pequena - isso nos obrigou a dividir
o espaço e ficar sempre juntos. Uma cozinha sem eletrodomésticos ou tecnologia
- isso nos obrigou a cozinhar mais vagarosamente,
sem empregados para ajudar com a limpeza - isso nos obrigou a limpar, sem
internet ou sinal de telefone - isso nos obrigou a conversar, sem televisão - isso nos obrigou a procurar modos de diversão
como jogos, leituras e passeios.
Estivemos juntos, cozinhamos, conversamos, passeamos, jogamos
jogos, lemos livros, tomamos sol, fizemos bolos e bolachas, vimos o nascer e o pôr
do sol, acendemos a lareira, rimos e , é claro - fazendo tudo isso... nos divertimos!
As fotos?
Estão todas armazenadas na nossa memória.
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