24 de outubro de 2018

bronca na escola


Na sexta passada, meu filho me contou por alto sobre uma bronca que levou, de uma assistente de coordenação, na escola. Ele e mais três amigos foram chamados para uma salinha onde, aos gritos intercalados com palmadas sobre a mesa, levaram a bronca. Evidentemente ele também me contou que - não fizeram nada de mais.

Também evidentemente, essa percepção de “não fiz nada de mais” é bastante comum entre crianças. Eu vinha acompanhando o descontentamento da assistente sobre o fato de ele e mais alguns amiguinhos brincarem perto das salas de aula no horário da saída, e obviamente, isso não é uma coisa boa, já que nesse horário, os funcionários da escola estão concentrados na portaria.

Mas, meu filhote foi narrando os detalhes da briga paulatinamente: fiquei com vontade de chorar, deu medo, a coordenadora entrou na sala para ver o que estava acontecendo, fulano quase chorou... Minha compreensão sobre a bronca perdeu força fazendo protagonizar o exagero da funcionária, que utilizou seu “pequeno poder” sobre as crianças.

Por sorte a coordenadora contou como conduziu o assunto junto com a funcionária e pediu desculpas. Por outro lado a atendente se desculpou com as crianças também.

A questão é simples: as regras devem ser respeitadas, a disciplina no desenvolvimento dos pequenos é necessária, mas, diante de uma criança é importante saber que faz parte de ser criança tentar, insistir e transgredir e que faz parte do trabalho com crianças ter paciência e, claro, jamais esquecer que não se pode exigir respeito de um pequeno sem respeitar sua condição de “criança”.

É isso aí, bola para frente com responsabilidade!