É inevitável.
Eu luto desde pequena contra algumas características da
minha família. E venho fazendo um trabalho mediano. Uma escorregada aqui, outra
ali e... Um bocado de “sofrimento”, afinal o que queremos é sempre melhorar.
Ser melhor mãe do que foi a nossa mãe ou pai. Isso deveria bastar para nos
satisfazer: a consciência das possíveis falhas.
Más não nos basta.
De fato acho que somos uma geração um pouco enfraquecida
nesse ponto: com o afã de sermos melhores pais, nós criticamos, sem muito pensar,
todas as ações feitas pelos nossos pais. Aquelas que deixaram uma recordação de
desgosto. E claro temos a certeza de
estarmos fazendo um papel melhor modificamos a formula. Acontece, que em pouco tempo aplicando as
nossas regras ideias começamos a sentir as consequências dos nossos atos.
Se não exigimos como fomos exigidos... eles (nossos filhos)
dão menos do que poderiam dar em tudo aquilo que estão envolvidos. Se
permitimos que eles conversem conosco sobre tudo e que se expressem
completamente... Eles tomam conta do diálogo e até acreditam que devam nos dar uma
lição. Caramba! Eu Já não havia passado por isso? Não era isso que meus pais
fizeram? Nossos pais não estavam sempre interessados no nosso discurso e agora
que somos pais não podemos discursar porque nossos filhos também não estão
afins de ouvir.
Não dá para estranhar. Coisa de ser humano criativo que, de
tempos em tempos, joga fora sua história para recomeçar. Isso sim: acreditando que agora não haverá erro.
Hoje, depois de um chilique da minha filha pequena. Tudo
aquilo que nunca quis fazer eu fiz.
Perdi o controle e aos berros enlouquecidos soltei o verbo. Terminei com algo
como – e ponto final. A explosão tomou conta de mim quando percebi que quem
estava no controle não era eu mais uma vez, e sim minha pequena. Utilizei as
mesmas frases, os mesmo gestos do tão criticado meu pai.